Outubro Rosa é uma campanha de
conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a
sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente
sobre o câncer de colo do
útero.
No Brasil, as campanhas de conscientização sobre o câncer de mama acontecem desde 2002 e à partir de 2011 sobre o câncer de colo do útero em diversos estados. A publicidade adotou o tom de rosa como motivador de campanhas no período, e ações em mídias sociais também tendem a ser reforçadas durante este mês. No entanto, especialistas da área médica ressaltaram, em levantamento apresentado no ISPOR, em 2017, que ainda que a conscientização seja muito importante, é necessário cuidado com as mensagens divulgadas neste período.
Uma análise das postagens realizadas em redes como Facebook e Twitter em língua portuguesa mostrou que existe bastante desinformação nas campanhas de conscientização, especialmente acerca do autoexame, que não é considerado suficiente para a detecção precoce da doença. Tocar o próprio corpo e reconhecer sinais de possíveis mudanças é uma importante ferramenta de empoderamento da mulher frente à própria saúde, mas não substitui a mamografia, por exemplo. Dados do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) apontam que apenas 2,5 milhões de mamografias foram realizadas em 2014, equivalente a uma taxa de 24,8%, bem menos do que os 70% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) Em vários lugares do mundo principalmente nos EUA o outubro rosa é caracterizado por monumentos da cor rosa.
História
O movimento começou a surgir em 1990
quando aconteceu a primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova Iorque, e desde então, promovida
anualmente na cidade. Entretanto, somente em 1997 é que entidades das cidades
de Yuba e Lodi, também nos Estados Unidos, começaram a promover
atividades voltadas ao diagnóstico e prevenção da doença, escolhendo o mês de
Outubro como epicentro das ações.
Todas ações eram e são até hoje
direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Para
sensibilizar a população inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços
rosas, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como
corridas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), partidas de
boliche e etc. (www.pink-october.org).
A ação de iluminar de rosa monumentos,
prédios públicos, pontes, teatros e etc. surgiu posteriormente, e não há uma
informação oficial, de como, quando e onde foi efetuada a primeira iluminação.
O importante é que foi uma forma prática para que o Outubro Rosa tivesse uma
expansão cada vez mais abrangente para a população e que, principalmente,
pudesse ser replicada em qualquer lugar, bastando apenas adequar a iluminação
já existente.
A popularidade do Outubro Rosa
alcançou o mundo de forma bonita, elegante e feminina, motivando e unindo
diversos povos em torno de tão nobre causa. Isso faz que a iluminação em rosa
assuma importante papel, pois tornou-se uma leitura visual, compreendida em
qualquer lugar no mundo.
A primeira iniciativa vista no Brasil
em relação ao Outubro Rosa, foi a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do
Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera),
situado em São Paulo-SP. No dia 02 de outubro de 2002 quando foi comemorado os
70 Anos do Encerramento da Revolução, o monumento ficou iluminado de rosa
"num período efêmero" como relembra o secretário da Sociedade
Veteranos de 32 - MMDC, o Coronel PM (reformado) Mário Fonseca Ventura.
Essa iniciativa foi de um grupo de
mulheres simpatizantes com a causa do câncer de mama, que com o apoio de uma
conceituada empresa européia de cosméticos iluminaram de rosa o Obelisco do
Ibirapuera em alusão ao Outubro Rosa.
Em maio de 2008, o Instituto Neo Mama
de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama sediado em Santos-SP, em preparação
para o Outubro Rosa, iluminou de rosa a Fortaleza da Barra em homenagem ao Dia
das Mães e pelo Dia Estadual (São Paulo) de Prevenção ao Câncer de Mama
comemorado todo terceiro domingo do mês de maio. Mas o principal objetivo era
alertar para a causa do câncer de mama e incentivar as mulheres da região da
Baixada Santista a participarem do mutirão de mamografias realizado pelo
Governo do Estado de São Paulo. No estado de São Paulo todo ano são realizados
2(dois) mutirões de mamografia sendo, um em maio e o outro em novembro.
As várias reportagens de tv e jornal,
com a repercussão da Fortaleza da Barra iluminada de rosa em maio de 2008,
foram apresentadas no mesmo mês no "Course for the Cure" realizado
pela ong americana Susan G. Komen, no Hospital Israelita Albert Einstein em São
Paulo-SP.
Em outubro de 2008, diversas entidades
relacionadas ao câncer de mama iluminaram de rosa monumentos e prédios em suas
respectivas cidades. Aos poucos o Brasil foi ficando iluminado em rosa em São
Paulo-SP, Santos-SP, Rio de Janeiro-RJ, Porto Alegre-RS, Brasília-DF,
Salvador-BA, Teresina-PI, Poços de Caldas-MG e outras cidades.
O Brasil é mundialmente conhecido pelo
seu maior símbolo, a estatua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro-RJ. E pela
primeira vez, o Cristo Redentor ficou iluminado de rosa no Outubro Rosa.
Em maio de 2009, o Instituto Neo Mama
de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama, novamente iluminou de rosa a
Fortaleza da Barra em homenagem ao Dia das Mães e pelo Dia Estadual (São Paulo)
de Prevenção ao Câncer de Mama comemorado todo terceiro domingo do mês de maio.
Mas o principal objetivo era alertar para a causa do câncer de mama e
incentivar as mulheres da região da Baixada Santista a participarem do mutirão
de mamografias realizado pelo Governo do Estado de São Paulo.
Em outubro de 2009, se multiplicam as
ações relativas ao Outubro Rosa em todas as partes do Brasil. Novamente as
entidades relacionadas ao câncer de mama e empresas se unem para expandir a
campanha.
De acordo com os dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a partir de 2018, estima-se
que cerca de 59.700 novos casos de câncer de mama sejam
diagnosticados no Brasil por ano. O número indica que a cada 100 mil mulheres,
cerca de 56 desenvolvem a condição.
Os dados alarmantes posicionam a
neoplasia como a segunda que mais acomete mulheres em todo o mundo. Diante da
realidade, a melhor medida continua sendo a prevenção.
Mais do que levantar dados, a campanha visa garantir
às mulheres atendimento, assistência médica e suporte emocional, garantindo
prevenção, diagnóstico e tratamento de qualidade.